Os empresários em geral têm um olhar muito crítico para a questão financeira de suas empresas e organizações, nada mais natural, todavia uma questão que deve ser mais bem observada e compreendida por todos é que o elemento financeiro é apenas uma "consequência" do elemento gerencial, ou seja, da gestão. E conforme acabamos de ler no tópico anterior deste livro – Empresa é Gestão.
É muito comum ouvir reclamações do empresário em relação a alguma área específica da empresa, em relação ao mercado, a concorrência, as pessoas e a tantas outras questões que envolvem a gestão de uma organização, mas é raro ouvir destes mesmos empresários uma autocrítica em relação a sua gestão e ao seu papel como líder, por uma questão óbvia este tipo de análise necessita de um autoconhecimento, maturidade e até humildade para que se chegue a ele, e não podemos esperar que isso seja um padrão comportamental de gestor algum, afinal, as individualidades são a grande riqueza no meio profissional e no mercado.
A questão em si é muito simples e resoluta, uma empresa, qualquer que seja ela, é reflexo de sua gestão.
Compromisso ou descompromisso, comprometimento ou falta dele, organização de processos, atendimento, resultados, tudo isso é reflexo da gestão da empresa, simples assim. Difícil de entender? Talvez, depende do tamanho do ego do empresário. O fato é que o papel dele é fundamental nesse contexto, e que nós, como empresários, somos referência, em relação a tudo, postura, comportamento, profissionalismo, em relação até a maneira com a qual nos vestimos e é muito fácil apontar o dedo para as "razões" dos problemas e das dificuldades pelas quais a organização passa, difícil é assumir e fazer a autocrítica em relação ao seu papel e a sua responsabilidade.
Já vi organizações "quebrarem" com 1 milhão na conta bancária, como já vi empresas com pouquíssimos recursos financeiros se sobressair a situações complicadas, a diferença entre elas? Gestão.
Em tempos de crise e de recessão, o nosso papel de gestor pode ser o fiel da balança para ultrapassar os momentos de tormentas, é claro que a questão financeira tem sua relevância, mas ela é "consequência" e não "causa". Prestar atenção a esse fato é fundamental para a continuidade da organização.